Autor: Johann Heyss
Editora Madras
Pessoalmente, confesso que li somente dois livros de Aleister Crowley e conheço relativamente pouco de sua história. Estou aprendendo a lidar com seu tarot, o tarot de Thoth.
Johann Heyss acerta em cheio! Separa argumentos bem construídos e suportados, segundo ele mesmo, por uma pesquisa de 15 anos de contato com as obras de Crowley e um ano e meio de uma escrita bem pesquisada e feita nesta obra.
Aleister Crowley desempenhou um papel importante quanto à popularização de uma abordagem mais “científica” do espiritualismo e da magia além da conscientização de que as virtudes defendidas pela sociedade são abomináveis.
O livro traz detalhes curiosos como, já em sua infância, mesmo com o ensino religioso constante, começava a dar suas pontadas de curiosidade em direção à verdade. Chegou a perguntar ao professor “como era possível Jesus ficar sepultado por três dias e três noites se havia sido crucificado em uma sexta-feira e ressuscitado no domingo…?“. Essa garra e curiosidade incansáveis foram minadas por diversas pessoas em sua vida, não só no ensino, como sua família extremamente rígida, fazendo-o sofrer por sequer pensar de maneira diferente dos demais.
A morte do pai abalou muito sua vida. Assim que ele morreu, disseram a ele que isso era a “vontade de Deus”. Como o admirava, chegou à conclusão que tudo que o ensinaram deveria ser mentira, já que seu Deus não o compensou por sua dedicação religiosa, portanto, o exato oposto seria o mais lógico de ser a verdade, que se existisse um Deus, aquelas pessoas que adoravam aquele outro Deus eram impostoras. Crowley direcionou os anos seguintes de sua vida a mostrar à sociedade onde o cristianismo corrompe e os motivos pelos quais esses valores morais devem ser aniquilados para que seja possível viver (propriamente dito).
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